Alguém se lembra do início do governo Ana Júlia (PT), quando a cúpula da administração do Estado criticava o alto número de cargos comissionados de livre nomeação pelo chefe do Poder Executivo herdados do governo anterior e prometia diminuir esse peso na folha do Estado? Pois é, seis meses depois desse lindo discurso [que também marcou as críticas durante a campanha eleitoral de 2006], o governo do PT está propondo, na reforma administrativa que está em discussão na Assembléia Legislativa do Estado, a criação de - caiam o queixo!!! - 700 novos cargos em comissão. É isso mesmo: 700 novos cargos para ocupar com os aliados.
Em [tímida] contrapartida, Ana Júlia está extinguindo, no mesmo projeto, pouco mais de 200 cargos comissionados herdados do governo de Simão Jatene (PSDB).
Nas contas dos deputados da oposição, o governo do PT está aumentando em 490 novos cargos comissionados a estrutura administrativa estadual. Se aprovada como está [e muito dificilmente não o será], a reforma administrativa vai permitir ao governo abrigar muitos novos amigos e aliados, que passarão a mamar nas tetas do Estado. E o contribuinte que se dane!
No melhor estilo do velho ditado que diz: "Faça o que eu mando, mas não faça o que eu faço".
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