Conforme programado (e cumprindo o prazo fatal da legislação eleitoral), o PTB do prefeito de Belém, Duciomar Costa, realizou sua convenção estadual ontem, mas, a exemplo de muitas outras legendas, não fechou a ata. Não fechou porque, apesar de estar apalavrado com a reeleição da governadora Ana Júlia Carepa (PT), Duciomar (que inclusive esteve na convenção do PT, no Hangar) espera o cumprimento de tudo o que foi acordado com Ana, antes de jogar a estrutura do PTB na campanha da governadora.
Segundo o que foi anunciado, o apoio do PTB à governadora vai custar caro. Entre outros mimos, Duciomar pediu e levou (até agora só na promessa) o pagamento de quase R$ 200 milhões do governo do Estado à Prefeitura de Belém, referente a supostas diferenças nos repasses do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços); a indicação do deputado petebista Joaquim Passarinho a vaga no Tribunal de Contas do Estado (TCE); e o comando da Cohab.
Até a noite de ontem, não havia nem sinal no horizonte do cumprimento de qualquer um desses compromissos, por parte do governo. Aliás, o primeiro já está prejudicado, já que a vaga no TCE é de livre indicação da governadora, mas o nome precisa ser aprovado pela Assembléia Legislativa do Estado. Como os deputados entraram em recesso nesta quarta-feira, sem que nenhum documento do governo com a indicação de Joaquim Passarinho chegasse por lá, será muito difícil (quase mesmo impossível) que o assunto seja discutido no Legislativo antes das eleições de outubro.
Moral da história: desconfiado de que os compromissos assumidos pelo governo com o PTB correm sério risco de ficar somente no campo das promessas, Duciomar mandou deixar a ata da convenção petebista em aberto, para o caso de ter que mudar de lado nos próximos dias.
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