sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Pesquisa ou safadeza?

Transcrevo abaixo artigo do site Mídia sem Máscara, de autoria de Klauber Cristofen Pires* com base em matéria do Diário doPará Online**.
Depois de o governo decidir que as escolas públicas terão "máquinas de camisinha" com acesso liberado para crianças a partir de 10 anos (pasmem!), agora querem, porque querem, forçar nossas crianças e adolescentes a se declararem gays, ainda que seja na base do porrete.
Antes que me acusem de homofobia, deixo claro que sou a favor do total respeito aos homossexuais, bem como do sagrado direito à prática religiosa, aí incluído o direito dos pastores, padres e demais líderes cristãos de pregarem o Evangelho como ele é aos seus fiéis. Defendo também que qualquer tipo de preconceito religioso deve ser punido (inclusive o cometido por malucos que se declaram evangélicos e saem por aí agredindo praticantes de outras religiões. Esses loucos devem ser punidos com o rigor da lei).
Feitos os devidos esclarecimentos, vamos ao artigo do Klauber Pires, que nos mostra como age o governo na sua sanha de atacar as famílias, sem nenhum respeito aos pais e muito menos às crianças e adolescentes. É estarrecedor o que vai abaixo. Apesar de longo, vale a pena ler:

"Seu filho pode ser convocado para ser gay
Para suprema inconformidade dos entrevistadores, nenhuma criança ou adolescente se declarou "travesti".
Pais, cuidado! Talvez os seus filhos (ou filhas) sejam convocados para integrar uma cota mínima de gays nas escolas, à maneira das curvas forçadas do malfadado plano Bresser. Uma recente pesquisa que obteve por resultado um alegado pequeno número de declarações próprias de identidade homossexual entre jovens de 17 anos conclui que isto se deu por preconceito e despreparo dos... professores! Faço uso da alusão ao plano Bresser dado ter sido aquele que, no âmbito da gestão administrativa, previa uma curva forçada de desempenho funcional no serviço público, segundo a qual uma parcela dos servidores seria conceituada como excelente, outra como média, e enfim, para desespero dos sobrantes, a última seria reservada para aqueles tidos com desempenho considerado insuficiente.
O plano Bresser até que poderia ter lá seus méritos para os fins a que se prestavam (no que eu não concordo quanto aos meios empregados), isto é, buscar a eficiência nos serviços públicos. Mas o que dizer de uma pesquisa que conclui que jovens que optaram por não se declararem gays são vítimas de preconceito? E o que dizer que os assumidos são muito poucos? Haveremos de estipular uma cota a ser preenchida?
Pra começar, para sabermos se os resultados foram aquém do esperado, haveríamos de ter um índice-padrão. Quem o estipulou? Com base em quê? Quem pode afirmar quanto a este assunto que um qualquer dado histórico precise necessariamente ser repetido em outros anos e em outras turmas?
Ademais, o que fazer com alguém que se nega a declarar-se como homossexual? Obrigá-lo a tanto? Conduzir a entrevista de modo a sugerir à criança que ela seja gay? Cadastrá-la à força? Imagine olhar para aquele garoto de feições finas, meigo e educado, e taxar: "-tá vendo? é viadinho, só ele, seus professores e os pais dele é que não vêem...", ou ainda, para aquela menina boa que só no basquete e concluir: "essa aí, nem precisa entrevistar..."
Ora, se uma pesquisa deste teor foi feita, então um requisito essencial é que o tenha sido realizada em privado com os estudantes. Se isto não foi o bastante para tal ou qual jovem se sentir à vontade para declarar-se como mais um integrante da turminha do arco-íris, então, das duas, uma: ou os pesquisadores cometeram atentado violento ao pudor para terem certeza do que falam ou arrostam-se a opinar em lugar dos seus entrevistados, substituindo o juízo deles pelos seus (meio inadequado o uso aqui deste termo..."juízo", não acham?).
Outra coisa que eu gostaria de saber é se esta dita pesquisa houve por pedir a permissão dos respectivos pais para entrevistarem seus filhos menores de idade. Ou o pátrio-poder não vale mais p... nenhuma neste país?
E não se espantem, mas a pesquisa também se indigna e literalmente acusa os professores pelo seu "despreparo", como se tivessem como obrigação profissional identificar as tendências sexuais das crianças e obrigá-las a "assumirem" um estado de viadagem que eles mesmos venham a determinar. Nestas horas, cadê o quê de respeitar a individualidade das crianças - ainda em formação - e reitero, o que seus pais pensam a respeito! O negócio é formar glbtzinhos para futuramente engrossarem as fileiras do movimento gayzista!
Se pensam que bastou, sentem-se! Para suprema inconformidade dos entrevistadores, nenhuma criança ou adolescente se declarou "travesti". Caramba, escola é um lugar que as crianças vão para estudar! Até as meninas, muitas delas, não usam maquiagem, e as boas escolas inclusive desestimulam o seu uso, bem como das saias curtas e blusinhas do tipo "olha meu umbiguinho", justamente para garantir que o ambiente de estudo seja preservado de um extremo sensualismo!
Não, porém, para os travestis, segundo pensam estes áulicos da educação, segundo os quais um projetinho de traveco deveria ser obrigado a se maquiar e se emplumar todo para ter a sua identidade "protegida".
Por fim: a pesquisa não identificou travequinhos, segundo as escolas, porque não foi realizada em turmas do segundo grau! Para quem não se deu conta: os sedizentes "pesquisadores" buscavam revelações de identidade sexual preferencialmente entre os mais jovens! Se isto não é um escândalo digno de ser representado junto ao Ministério Público, então, o que pode ser? Ahh, cambada de gente safada, perversa e sem vergonha na cara!
Abaixo, reproduzo a notícia, divulgada pela agência Estado, e copiada do site do jornal Diário do Pará:

Pesquisa feita em rede pública revela preconceito**
Pesquisa amostral feita com estudantes até 17 anos da rede pública de 11 capitais brasileiras revela que pouquíssimos se declaram gays, uma parcela menor se declara lésbica e nenhum se declara travesti. A não declaração, de acordo com a pesquisa, é resultado do preconceito contra os homossexuais e a falta de preparo dos professores e autoridades na área da educação.
A explicação das escolas para ausência de travestis, segundo os pesquisadores, é o fato de a pesquisa não ter como alvo instituições de ensino médio. Entretanto, os dados mostram que a "organização da escola, com suas normas e regras, não permitem a presença da travesti nesse ambiente".
A constatação é ilustrada pelo depoimento de uma autoridade: "Eu tenho uniforme... maquiagem a gente não permite. Então assim, a gente tenta manter um padrão universal." (Agência Estado)"

* Klauber Cristofen Pires é bacharel em Ciências Náuticas no Centro de Instrução Almirante Braz de Aguiar, em Belém, PA. Analista-Tributário da Receita Federal com cursos na área de planejamento, gestão pública e de licitações e contratos administrativos. Dedicado ao estudo autoditada da doutrina do liberalismo, especialmente o liberalismo austríaco. Dono do blog LIBERTATUM, escreve para o Mídia Sem Máscara e outros sites. Em 2006, foi condecorado como "Colaborador Emérito do Exército", pelo Comando Militar da Amazônia.
** Apesar de identificada pelo Diário como matéria de responsabilidade da Agência Estado, eu não consegui encontrar nada a respeito da pesquisa nos sites da AE e do Estadão.

Nenhum comentário: