terça-feira, 26 de junho de 2007

Angústia dos sem-ônibus

A greve dos motoristas e cobradores de ônibus de Marabá, que começou nesta segunda-feira e não tem prazo para terminar, deixou a pé mais de 20 mil pessoas, que dependem do transporte coletivo para se locomover. Ontem, nenhum carro da Transbrasiliana e da Viação Cidade Nova saiu da garagem, com os grevistas fazendo piquetes na porta das empresas.
Motoristas e cobradores querem reajuste salarial de 4,8% e cesta básica mensal no valor de R$ 200,00. Eles pedem também a isenção do pagamento de um plano de saúde, para o qual é retido R$ 30,00 todo mês, entre outras reivindicações. As empresas alegam não ter condições de atender as solicitações e culpam a recente redução no preço da passagem, de R$ 1,75 para R$ 1,50, determinado pela Justiça. Os empresários oferecem aumento de 3,52%.
A greve e a conseqüente falta de transporte que prossegue nesta terça-feira em toda a cidade é apenas um dos muitos problemas enfrentados pelos usuários do transporte coletivo em Marabá. Há muito tempo vem se discutindo a precariedade da maioria dos veículos colocados nas ruas, os contantes assaltos dentro dos ônibus e o alto preço da passagem, se relacionado aos serviços deficientes que são ofertados. Mas ninguém teve ainda a coragem de enfrentar o problema de frente.
Problema que é agravado pela concorrência de transportes alternativos ilegais, prática para a qual as autoridades simplesmente fecham os olhos.

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