terça-feira, 7 de agosto de 2007

Voar de TAM: operação de risco

Para voar nos aviões da TAM, o passageiro precisa ter, acima de tudo, espírito de aventura e estar preparado para as mais altas emoções. Quase todo dia os jornais noticiam problemas técnicos nas aeronaves da companhia, que levam à chamada "manutenção preventiva não-programada" e deixam os clientes da empresa com os nervos à flor da pele.

Foi o que aconteceu ontem com os 130 passageiros que viajavam no vôo 3871, que saiu de Belém rumo a Brasília, com escala em Marabá. O avião, um Airbus A319, saiu da capital paraense com aproximadamente uma hora de atraso. Ao chegar em Marabá apresentou defeito em uma das turbinas não conseguindo decolar para a capital federal.

Para piorar a situação, a TAM não tinha nenhum mecânico no aeroporto de Marabá, tendo que se socorrer com mecânicos da concorrente Gol, que salvaram a pátria e conseguiram colocar a aeronave novamente em operação. A decolagem para Brasília só aconteceu às 18h30, três horas depois do horário normal.

Como nos demais casos em que seus aviões apresentam problemas, a TAM sonegou informações aos passageiros, que chegaram a ficar quase uma hora dentro do avião, sem nenhuma informação sobre a demora para voar. Em terra, enquanto aguardavam o conserto da turbina direita do Airbus, os passageiros também não receberam maiores esclarecimentos por parte dos funcionários que trabalhavam no balcão da companhia. O mesmo tratamento foi dado à imprensa.

A Infraero, através do seu gerente em Marabá, informou que não falaria sobre o que chamou de "questão interna da companhia". No escritório da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), no aeroporto de Marabá, também não havia ninguém para falar sobre o assunto.

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