quinta-feira, 4 de junho de 2009

Coisas da Política, 4 e 5 de junho de 2009

Não durou muito a aliança entre o prefeito e o ex-prefeito de Bannach, Valbetânio Milhomem (PSB) e Geraldo Fernandes (PMDB), aliados na campanha eleitoral de 2008. Passados seis meses da transmissão do cargo, os dois estão às turras e Fernandes promete até processar Milhomem por compromissos supostamente não cumpridos por este. Adeus lua-de-mel.

 

Plebiscito

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado aprovou ontem (3) projeto que autoriza a realização de plebiscito para que a população do Pará diga se quer ou não a criação do Estado de Carajás. Agora, o projeto seguirá para apreciação do plenário.

Pressão

Comitiva de políticos sul-paraenses peregrinou dois dias pelo Senado para que o projeto fosse colocado na pauta de ontem (3) na CCJ. Liderados pelo diretor de Redivisão Territorial do Pará da Associação do Municípios do Araguaia e Tocantins (Amat), Luciano Guedes, 22 prefeitos e 52 vereadores estiveram em Brasília.

Oportunismo

É nítida a exploração política do evento ocorrido na Câmara Municipal de Redenção, onde um curso de cabeleireiros acabou se transformando em show de strip-tease. E é fácil enxergar as digitais de forças políticas contrárias ao presidente do Legislativo, Alexandre Júnior Rodrigues (PP), nessa história.

Provas

Essas forças tentam culpar a Mesa Diretora pelas cenas desrespeitosas que aconteceram no plenário da Câmara. Mas, a não ser que fique provado que no ofício que requereu o auditório para o evento esteja explicado que o strip-tease iria acontecer, os vereadores não podem ser condenados nesse episódio.

Punição

Os vereadores têm razão em continuar cedendo o auditório para eventos da comunidade. Os responsáveis pelo malfadado evento dos cabeleireiros devem ser punidos, mas a sociedade não deve ser penalizada. E, pelo que se viu até agora, os vereadores também não podem ser responsabilizados pelo rega-bofe no plenário da Câmara.

Carne

Nesta quarta-feira (3), o deputado João Salame (PPS) manteve audiência com o secretário de Estado de Agricultura, Cássio Alves Pereira. Discutiram uma solução para os criadores de gado de Marabá, cujas propriedades ficam do outro lado do Rio Tocantins, proibidos de comercializar carne na sede do município.

Risco

Tal proibição acontece em virtude das propriedades estarem na chamada zona 2 do programa de combate à febre aftosa. Considerada de risco médio de contaminação pela aftosa, o gado produzido ali não pode ser comercializado nos municípios da margem esquerda do Tocantins, que formam a zona 1, classificada como livre de aftosa com vacinação.

Previsão

O secretário Cássio Alves Pereira informou ao deputado Salame que, até dezembro deste ano, a Sagri pretende obter a reclassificação da zona 2, que deverá passar também a área livre da aftosa com vacinação. E prometeu estudar especificamente a situação dos produtores marabaenses da margem direita do Tocantins.


Apesar de ainda continuar chovendo na região, a situação é tão crítica nos municípios que os prefeitos não esperaram a chegada do verão para começar a recuperar ruas e estradas. É o caso de Rio Maria, onde o prefeito Walter José da Silva (PSB) já colocou as máquinas para recuperar as ruas da sede municipal.

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