Em defesa do interesse público

Sobre a nota abaixo, com o direito de resposta solicitado pela Prefeitura de Marabá por nota publicada na coluna Coisas da Política, do Jornal Opinião:

A fonte das informações publicadas é digna da total confiança do colunista e teve sua identidade preservada estritamente dentro dos limites da legislação em vigor. É direito incontestável do jornalista de não divulgar suas fontes, o que ocorre rotineiramente em todas as redações do Brasil e do mundo.

Não pode falar em má-fé um governo que aparece diariamente nas manchetes, sempre no meio de episódios no mínimo mal explicados e relacionados ao mau uso do dinheiro público ou à incapacidade de resolver problemas que atazanam a vida dos cidadãos. Tais como os obscuros processos de municipalização da merenda escolar, da coleta de lixo e da iluminação pública; a investigação da Polícia Federal por supostas fraudes na Secretaria de Saúde; a indicação do filho do prefeito para assumir o projeto Estação Conhecimento, cujo orçamento envolve cifras milionárias; a ação de investigação eleitoral por crime de caixa 2 na campanha de 2008; as inúmeras obras inacabadas e inexplicavelmente paralisadas pela prefeitura, deixando a população completamente abandonada; as acusações de inchaço na folha de pagamento da prefeitura; a indenização dos ex-moradores da vila Socó, aparentemente ainda não efetivada pelo município, apesar do acordo assinado com a participação do Ministério Público; o problema dos táxi-lotação e dos mototaxistas; a contrariedade dos servidores públicos municipais, periodicamente explicitada pelos sindicatos através da imprensa; etc., etc., etc...

Como se vê, não se trata de querer "macular a imagem" da administração municipal. Contra fatos não há argumentos: o governo municipal não precisa, pelo menos até este momento, que ninguém o ajude a manchar a sua imagem; está conseguindo fazer isso sozinho, e muito bem.

Aos leitores da Coluna e do Blog, reafirmamos o compromisso de publicar tudo aquilo que for do interesse público e não nos intimidaremos com ameaças, explícitas ou veladas, de quem quer que seja. Como também não nos furtaremos de publicar direitos de resposta, como fizemos no caso da PMM e de empresários citados na nota em questão.