quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Coisas da Política, 26 de janeiro de 2011 - EDIÇÃO EXTRA DO OPINIÃO

Pela importância dos últimos fatos ocorridos no cenário político de Marabá, o Opinião traz esta edição extra com a cobertura completa das mudanças no comando político da cidade. Abaixo, algumas pinceladas sobre a troca de comando na prefeitura e na Câmara Municipal, em conseqüência de decisão da Justiça Eleitoral no dia de ontem (25).

Cassados
A cassação do prefeito de Marabá, Maurino Magalhães de Lima (PR), e de seu vice, Nagilson Amoury (PRB), caiu como uma bomba sobre a cidade. Os dois foram afastados, nesta terça-feira, por decisão interlocutória do juiz Cristiano Magalhães, titular da 23ª Zona Eleitoral.
Caixa 2
Maurino e Nagilson respondem a processo por utilização de caixa 2 na campanha de 2008. A ação foi movida pelo diretório municipal do PPS e pela coligação ‘União pelo Trabalho’, em 2009, com base em documentos encaminhados por empresários de Parauapebas.
Protelação
Durante um ano e quatro meses, o processo tramitou na Justiça Eleitoral, com muitas idas e vindas provocadas por atos protelatórios da defesa. Em determinado momento, chegaram a pedir a suspeição do juiz Cristiano Magalhães, negada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
Interino
Tão logo a notícia da cassação de Maurino se espalhou, começaram todos os tipos de especulações sobre o futuro administrativo da cidade. Mas, no meio da tarde, as coisas começaram a clarear, com a posse do presidente da Câmara Municipal, Nagib Mutran Neto (PMDB), como prefeito interino. Irismar Sampaio assumiu a presidência do Legislativo.
Substituto
Cristiano Magalhães mandou notificar o deputado João Salame Neto (PPS), segundo colocado na eleição de 2008, para que este diga se quer ou não assumir a prefeitura.  O prazo para que o deputado se manifeste é de cinco dias a contar da notificação.
Exames
Por ironia do destino, a decisão de Cristiano Magalhães de cassar os mandatos de Maurino e Nagilson pegou o deputado João Salame em meio a exames de rotina do coração, em Belém. Ele só deve retornar a Marabá no próximo fim de semana, quando tomará uma decisão, após consultar seus advogados.
Que herança?
Leitor atento questiona nota da Coluna, na edição de terça-feira (25), que fala da herança maldita deixada por Lula para o novo governo. E alega que a notícia, como não detalhou a suposta herança, dificultou o entendimento do que se queria aqui dizer.
Risco
No clima de anestesia em que vive a maioria da população, muita gente ainda não se deu conta de que o país não vive às mil maravilhas, como tentam nos convencer. E a presidente Dilma Rousseff corre o risco de não conseguir atender a expectativa de seus eleitores.
Quadro
Mais de R$ 60 bilhões de restos a pagar; ameaça de volta da inflação; PAC empacado; portos e aeroportos esgotados; e a indústria em dificuldades pelo câmbio que sufoca as exportações são apenas alguns dos graves problemas herdados por Dilma. Sem falar nas reformas política, administrativa, tributária e previdenciária, também empacadas.

Na cerimônia de posse de Nagib Mutran na prefeitura, ontem (25) à tarde, ficou patente no discurso do prefeito interino e na conversa que teve com a imprensa, de que não haverá mudanças radicais na administração nos próximos dias. A ordem é garantir a governabilidade do município até que haja uma solução definitiva para o quadro político atual.

Nenhum comentário: