A figura acima foi "emprestada" do blog do deputado Parsifal Pontes (PMDB) e representa, com muita propriedade, o Pará dos sonhos da elite da capital do Estado, que vai lutar até o sangue "dar no meio da canela", como diz o caboclo, para tentar impedir a criação dos Estados de Carajás e Tapajós.
São inimigos figadais de qualquer discussão sensata sobre a questão. São contra a divisão simplesmente por ser contra, e não querem nem saber de ouvir qualquer argumentação de quem mora no sul, sudeste e oeste do Pará. Querem manter, a qualquer custo, as benesses da concentração dos investimentos públicos no entorno da capital, e estão "se lixando" para o abandono em que vivem milhares de pessoas fora de Belém.
Algumas figuras já se destacam da boiada, entre tantas que compõem essa elite que nunca pisou um palmo fora da Região Metropolitana de Belém (RMB). Somente algumas: Zenaldo Coutinho (deputado federal do PSDB licenciado e atual chefe da Casa Civil do governo de Simão Jatene), Celso Sabino (deputado estadual do PR), Joaquim Passarinho (secretário de Estado de Obras Públicas) e toda a tropa da Associação Comercial do Pará (ACP) e da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa).
Chama a atenção de todos o grande número de auxiliares diretos do governador Simão Jatene, que, pelos cargos que exercem (com a obrigação legal de governar todo o Pará e para todos os paraenses), deveriam estar dispostos a pelo menos ouvir as populações do sul-sudeste e oeste do Pará. Afinal, o governador precisa ser o grande juiz dessa causa, arbitrando com sabedoria e imparcialidade, até pela ruma de votos que o sul-sudeste e oeste paraenses depositaram nas urnas, em 2010, viabilizando a volta dele ao governo.
Outro fato que intriga é a presença do deputado federal Arnaldo Jordy (PPS) em atos contrários aos interesses de Carajás e Tapajós. Outro dia mesmo, me conta um amigo, Jordy falava aqui na região e defendia o direito dos sul-paraenses de decidir o seu destino. Uma semana depois, com olhos grandes na direção da Prefeitura de Belém (à qual ele é pré-candidato), Arnaldo Jordy apareceu nas capas dos jornais da capital, misturado aos inimigos da divisão territorial do Pará. Assim é fácil: uma vela para Deus e outra para o diabo.
Sempre é bom lembrar que, depois das eleições municipais, vem nova eleição para a Câmara Federal. E os votos do sul-sudeste e oeste vão, de novo, valer muito para quem pretende continuar na carreira política.
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Atualizado em 17 de junho de 2011, às 17h30:
Recebi do amigo e publicitário Orly Bezerra o seguinte comentário à postagem:
"Meu caro João Carlos,
Me permita uma observação ao seu comentário, sem entrar no mérito da divisão ou não do Estado que, entendo, precise sim passar por uma boa dose de discussão entre as pessoas que pensam: de um lado e de outro, evidentemente.
Mas, meu amigo, o motivo para minha manifestação é outra: quando você fala que o governador precisa atuar como árbitro. E é assim, como magistrado e de forma democrática, que o Jatene tem se comportado. Se é verdade que o secretário Zenaldo Coutinho tem se manifestado livremente contra a divisão, um direito legítimo seu, também é verdade que o secretário Asdrúbal Bentes, também tem se manifestado em outra direção, ou seja, a favor da criação do Estado de Carajás, fato aliás já divulgado por você mesmo por diversas vezes. Daí, meu amigo, me permita então reafirmar que as manifestações, pelo menos nesse caso, estão equilibradas.
Com um forte abraço, de seu leitor,
Orly Bezerra"
3 comentários:
Pedro Luiz - de Brasília.
SERÁ BOM PARA O PARÁ, SERÁ BOM PARA O BRASIL.
O QUE VAI OCORRER É UMA EMANCIPAÇÃO E NÃO UMA SEPARAÇÃO..
O ser humano é muito egoísta, Pará, Tapajós e Carajás nunca vão se separar por questões geográficas. O que essa população que vive em situação miserável só deseja é se emancipar e construir um bem estar melhor, mais conforto, melhorias, infra estrutura, enfim um padrão de vida melhor. Todos irão crescer, o futuro Pará terá um PIB maior que os outros dois juntos. Não dá para ter uma região metropolitana de Belém desenvolvida e uma imensidão de território vivendo na miséria. Isso é egoísmo e ganância em detrimento do seu vizinho.
Viva o futuro Estado do Pará, Tapajós e Carajás em prol de um Brasil melhor. Todos tem o direito de melhores condições de vida e a emancipação vai beneficiar a todos. Foi melhor para Goias e Mato Grosso e será melhor para desenvolver o Pará. Eu, friamente quero um país melhor e o melhor para essa região, é a emancipação dessa região. Por isso digo SIM. TAPAJÓS E CARAJÁS DEVEM SE EMANCIPAR, para acabar com o desmando e abandono dessa região. O povo já está cansado de sofrer, falta tudo nessa região, professores, médicos, falta a presença do poder público. Triste região, "Terra de Ninguém" e velho oeste brasileiro.
Porque Criar o Estado de Carajás
A região Sul deve votar “SIM”, digo, a favor da criação do Estado do Carajás por sofrer na pele com os descasos sociais e políticos. Estamos a 1100KM de distância da Capital Belém, históricamente a região Sul e Sudeste do Pará é abandonada, esquecida essa distância nunca permitiu a presença eficaz do poder público. Hoje Santana do Araguaia em plena era da informação do conhecimento ainda faz uso de energia gerada por força eletromotriz de grupos geradores a diesel e o que é pior com racionamento de energia, sendo que nosso Estado exporta energia para regiões vizinhas chega de viver nessa utopia, muitos criticam a divisão do estado dizendo que é mais vontade política do que real necessidade, então venham todos viver aquir passar o que passamos.
Faz-se necessário um novo modelo administrativo que possa permitir soltar as amarras que hoje impedem o seu desenvolvimento.
A economia está baseada na agropecuária com frigoríficos e mais de 20 milhões de cabeças de bovinos, vários laticínios, setor madeireiro que sera revitalizado com o reflorestamento intensivo em areas degradadas e improdutivas, exploração de minérios de ferro e outros minérios, dez siderúrgicas de ferro gusa e uma aciaria em processo de implementação, além de investimentos. A região desenvolveu-se extraordinariamente nos últimos anos, graças a uma conjunção de fatores que permitiram superar as dificuldades causadas pelas enormes distâncias e pela falta de investimentos em infra-estrutura física e administrativa.
. A agropecuária está em primeiro lugar, que a região conta ainda com um solo apto a intensificação da produção. É muito forte também a industria madeireira. Os empresários do ramo há muito deixaram de ser dependentes da extração pedratória de madeiras consideradas nobres, hoje só ensima de projetos para poder desmatar com consciência, o desenvolvimento sustentável é condição imprescindível à sustentabilidade do setor.
Por ultimo, não menos importante, temos a exploração mineral e a sua verticalização, apresentando inúmeras empresas investindo, gerando emprego e renda à região que é a maior reserva mineral do mundo. Resumindo nosso sonho com um Estado novo: Estradas e pontes com qualidade, energia elétrica suficiente para alavancar o desenvolvimento nas cidades e principalmente no campo, onde encontra-se seu grande potencial economico, diminuir a violência rural, invasões de terras produtivas, desordem agraria e fundiária, sem perspecticas de solução, projetos politicos voltados para saúde pública, educação técnica e principalmente superior. Consolidação de políticas públicas de implantação de infra-estrutura de transportes, comunicação, desenvolvimento economico social; Presença efetiva de um governo na região e aumento de representatividade política regional, exploração ordenada dos recursos naturais e ordenamento da gestão ambiental, Ordenamento efetivo da política fundiária e agraria; Implementação de políticas desenvolvimento regional nos setores econômicos:siderurgia, verticalização dos produtos agropecuários (carne, couro e outros), estímulos a agricultura mecanizada e familiar: estímulo ao setor de turismo e serviços, estímulo ao setor pesqueiro. E assim faremos um Estado do CARAJÀS bom para o Pará, melhor para o Brasil. E viva a inclusão social. Sérgio
A figura parece um Caranguejo decápode andando para trás. Coincidência ou alguma referência ao Câncer das elites amazônicas imprestáveis?
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