sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

O caldeirão ferveu



O deputado federal Zé Geraldo (PT-PA) chama deputados estaduais do PMDB de irresponsáveis e recebe dura resposta do líder peemedebista na Assembléia, deputado Parsifal Pontes. Tudo na última quinta-feira, 25, apenas dois dias depois da conversa de Jader Barbalho com coroadas cabeças petistas, em Brasília.


Tudo indica que o casamento entre Ana Júlia e Jader está próximo do fim.


Apesar de longos, vale a pena ler os textos abaixo:


"DEPUTADO FEDERAL ZÉ GERALDO COBRA RESPONSABILIDADE POLÍTICA DO PMDB COM O DESENVOLVIMENTO DO PARÁ


Em depoimento na tribuna da Câmara Federal nesta quinta-feira, 25 de fevereiro, o deputado federal Zé Geraldo cobrou dos parlamentares da Assembléia Legislativa do Estado do Pará (Alepa) mais agilidade e responsabilidade para a aprovação do empréstimo de R$ 366 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). “Falo sobre o delicado momento político e econômico que o Estado do Pará vive em função de decisões equivocadas por parte da presidência do PMDB. Lamentavelmente a Alepa já deveria ter aprovado o empréstimo em 2009 e até hoje não o fez devido ao fato de que o PMDB, que é um partido que tem o poder de decisão, uma vez que ocupa a Presidência da Assembléia Legislativa e a Presidência da Comissão de Finanças, além de possuir uma bancada significativa de deputados no parlamento estadual, está agindo com um tipo de visão mais de disputa eleitoral do que com o compromisso com o desenvolvimento social, econômico e cidadão no Estado do Pará”, enfatizou.


De acordo com o parlamentar, para compreender a realidade no Estado é  importante citar que durante muitos anos o Pará foi praticamente desprezado pelos presidentes da República anteriores no que se refere aos investimentos significativos em áreas estruturantes, além do que, no âmbito estadual, o Pará também foi vítima do descaso de gestores  que não fizeram investimentos em políticas públicas para atender as necessidades de interiorização do desenvolvimento regional para os municípios e os seus habitantes, além dos reflexos da crise econômica internacional e as consequências históricas pelo fato da desoneração das exportações que não pagam o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o setor mineral.


Segundo o parlamentar é inconcebível que “o PMDB, que representa um importante partido político no Estado e, inclusive, é parte integrante da base de apoio nacional e estadual, não esteja contribuindo no processo de aprovação empréstimo no Legislativo para que nós já pudéssemos aplicar os recursos, que já estão disponíveis, em obras essenciais para o desenvolvimento do Pará”, acentuou.


Zé  Geraldo afirma ainda que neste triste cenário bancado pelo PMBD do Pará, “o governo estadual e o povo paraense ficam reféns desta posição política liderada pelo presidente da legenda no Estado, deputado Jader Barbalho. Posição esta que não contribui para o momento brasileiro e paraense. Muito pelo contrário”, disse.


O parlamentar frisou em seu pronunciamento que desde início da gestão do Presidente Lula, a realidade dos investimentos no Brasil teve uma mudança profunda estratégica e social. “O presidente Lula investe, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), milhões e milhões em asfaltamentos de rodovias, portos, hidrovias, saneamento básico, abastecimento de água, energia, educação, moradia, isso sem falar no Programa Bolsa família, o maior projeto de redistribuição de renda do mundo, e outros programas sociais”, recordou.


Zé  Geraldo enfatizou não poder concordar com a postura do PMDB. “O governo federal investe milhões e milhões, inclusive direcionando recursos às prefeituras lideradas pelo próprio PMDB, como, por exemplo, a prefeitura de Ananindeua, além de outros municípios com grande participação do governo estadual. “Toda a bancada federal do Pará no Congresso Nacional se empenha para levar recursos significativos para interiorizar o desenvolvimento, como ocorre nas áreas da saúde, agricultura, pesca, saneamento, estradas, educação, entre outras. É uma postura equivocada”, destacou.


O parlamentar disse também que não é aceitável está prática antagônica ao desenvolvimento do Estado por parte da Alepa e do poder legislativo estadual. “O Pará e a sua população não aceitam esse tipo de conduta disforme e impeditiva do desenvolvimento, na medida em que recursos volumosos deixam de ser votados por meras vaidades políticas. A população espera de grandes líderes e dos grandes partidos, políticas inovadoras, sérias, comprometidas com o interesse comum de seu povo. Não podemos voltar ao passado em que as disputas políticas míopes conduziram o Pará ao atraso profundo. Espero que o presidente do PMDB e seu partido reflitam sobre o que significa a posição de impedimento da aprovação do empréstimo de R$ 366 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). E deste modo, mude sua prática e assim tenhamos do PMDB uma atitude condizente com o que se espera de um grande partido” finalizou. (Assessoria de Imprensa)"


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Resposta do deputado Parsifal Pontes, em seu blog:





"QUEM TEM MEDO DE VIRGÍNIA WOOLF?

O deputado federal Zé Geraldo teceu hoje, na Câmara Federal, críticas ao PMDB do Pará.

Cobrou dos deputados estaduais “mais agilidade e responsabilidade para a aprovação do empréstimo de R$ 366 milhões”.

Lamenta ele que o PMDB “não esteja contribuindo no processo de aprovação do empréstimo”.

Zé Geraldo notou que o PMDB é um partido importante no Pará, com uma significativa bancada, a presidência da Assembléia e da Comissão de Finanças.

O governo do Pará já deve ter satisfeito os interesses do deputado Zé Geraldo, pois, há duas semanas, a governadora Ana Júlia foi ameaçada, por ele, de prévias dentro do PT, pelo fato de lhe querer tirar as tetas do INCRA dos lábios.

Mas, se o deputado pensa que este tipo de chantagem funciona com o PMDB está redondamente enganado: do lado de cá ele dá com a cara na parede.

Talvez, ainda falte atender algo ao deputado e seu grupo, e o governo precise do empréstimo de R$ 366 milhões para fazê-lo, por isto os arroubos cívicos em dar uma mão, com a outra pronta para receber.

O PMDB serve ao Pará e não ao PT e muito menos a Zé Geraldo que pode pensar que o PMDB é um agregado subalterno, pronto para votar qualquer coisa em troca de cadeiras vazias, como, aliás, vazia já está a cadeira que deverá sentar Everaldo Martins, o novo chefe do gabinete civil, tomado de assalto por Zé Geraldo, talvez achando que lá ficaria o cofre.

E agora deputado Zé Geraldo? Mais uma carta ameaçando prévias porque o governo esvaziou a casa civil?

O PMDB ajudou substancialmente na aprovação de autorização de empréstimos que já somam mais de R$ 2 bilhões ao governo: onde estão as obras essenciais que este montante ergueria?

O Pará continua sem ver o resultado do dinheiro e o PMDB não vai se pautar por discursos desta igualha para tomar decisões.

O deputado Zé Geraldo não tem autoridade moral para chamar os deputados estaduais do Pará de irresponsáveis pelo fato de eles não quererem ceder aos caprichos do governo.

O que a governadora está dizendo a quem ela chama em gabinete é a promessa de pulverizar o numerário em prendas que não são essenciais ao Pará, mas apenas substanciais ao governo e ao PT.

E os interesses deste incauto governo do PT, não têm sido coincidentes com os interesses do Pará.

É só ver a situação da saúde, educação e segurança pública no Estado, para constatar que o governo não usa de forma eficaz o que o povo lhe deposita nos cofres em forma de impostos.

Não seriam responsáveis o PMDB e os deputados estaduais, se corressem a dar mais dinheiro a quem não soube tomar e aplicar, mais de dois bilhões de reais já concedidos.

Se o deputado Zé Geraldo quer fazer o jogo de cobrança de responsabilidades, pode vir quente: o PMDB está fervendo e com bastante lenha embaixo da panela.

Inclusive, faz parte da lenha as vultuosas verbas do INCRA no Pará, onde o deputado Zé Geraldo tem assento em uma das cabeceiras da mesa."

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