quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Tempos quentes na política de Redenção

Wagner Fontes e JPC: adversários sempre
As coisas lá pelas bandas de Redenção têm tudo pra voltar a ser bem animadas, no que se refere à política. O ex-prefeito Jorge Paulo da Silva, o JPC, está de volta ao município, depois de dois anos morando em Goiânia e, segundo ele mesmo, viajando pelo Brasil.

Empresário rural de muito sucesso, JPC tem uma vida bem resolvida no que diz respeito às finanças. Na política, tem um estilo agressivo e, às vezes, polêmico, o que causa emoções fortes em toda disputa na qual se envolve. E, pode-se dizer, sempre foi o maior calo no sapato do atual prefeito Wagner Fontes (PTB) e de seu grupo, aí incluído o ex-prefeito e atual presidente da Adepará, Mário Moreira.

Com o retorno de JPC para Redenção, é líquido e certo que terminou o período de tranqüilidade na vida de Wagner Fontes neste seu segundo período como prefeito do município. Em entrevista ao jornal A Notícia, capitaneado pelo competente jornalista Lourivan Gomes, JPC abre o coração e critica de forma direta o governo de Fontes. Transcrevemos abaixo, a íntegra da entrevista, que pode ser lida também AQUI, no site do jornal. Aos redencenses, especialmente, ótima leitura:


A NOTÍCIA – Dois anos após deixar o poder, o que Jorge Paulo está fazendo?
JPC – Desde que terminou meu mandato, me recolhi para repor o acúmulo de stress e para refletir sobre tudo. Eu estava em Goiânia, viajei muito pelo Brasil, mas sempre estive em contato com nossos amigos de Redenção. Agora retornei para retomar essa luta política, fazemos parte disso e não abrimos mão. É absurdo, um abuso de poder, uma ignorância. O poder público é para construir, deixamos obras de qualidade, mas por questões políticas, questões pessoais, ele destruiu.
A NOTÍCIA – Qual a principal experiência de ter administrado a principal cidade do sul do Pará?
JPC – Foi à oportunidade de conhecer o potencial de Redenção e de seu povo e o ápice foi entrar para a história como o prefeito que mais construiu e que mais edificou. Apesar dos meus adversários políticos não aceitar, nosso governo esteve à disposição do povo carente e não deixamos em momento algum de ser parceiro dos empresários. Respeitamos a todos.
A NOTÍCIA – Cite as principais ações e obras que você acha que foram importantes em seu governo.
JPC – Na Educação reformamos todas as escolas, trocamos todos os quadros negros por quadros magnéticos. Elaboramos juntamente com o Sintepp o PCCS (Plano de Cargos, Carreira e Salários). O salário do educador chegou a ser o maior do Estado e um dos maiores do Norte e Nordeste. A construção da Escola São Jorge, agregado à Praça Novo Tempo que é um espaço poliesportivo de Educação Cultura e Lazer. Na saúde implantamos o CEO (Centro de Especialidades Odontológicas); trouxemos a Farmácia Popular. O Corpo de Bombeiros regional; organização do trânsito com instalação dos semáforos e toda sinalização; Asfalto, sem cobrar da população; A primeira estação de água tratada que foi para o setor Serrinha; Nosso governo foi o primeiro a doar uniforme para todos os estudantes, material escolar e merenda de qualidade. Enfim, fomos honestos com a população e respeitamos o povo.
A NOTÍCIA – E qual foi a principal experiência negativa que você teve no seu governo?
JPC – Basicamente posso citar dois: o primeiro foi à dificuldade de tantas coisas devido à falta de recursos, pois Redenção é uma cidade que cresce a cada dia e com isso aparecem os problemas. Recebemos uma prefeitura desorganizada que estava nas mãos de um grupo que vinha há 12 anos no poder e tinha muitos vícios tanto na cabeça dos servidores como na própria estrutura. Mas a pior dificuldade foi à perseguição do grupo de oposição liderado pelo atual gestor que deixou na prefeitura pessoas batendo e tentando atrapalhar a administração. Sem sombra de dúvida a pior experiência foi à perseguição política sofrida.
A NOTÍCIA – Quando você deixou a prefeitura foi feito e continua sendo feita uma campanha de que você deixou muitas contas e inadimplência. O que você diz a respeito disso?
JPC – Quando recebi essa prefeitura em 2005, diziam que tinham deixado 900 mil reais na conta, eu não encontrei esse dinheiro. Mas, quando entreguei a prefeitura em 2009, deixei em uma conta na Caixa Econômica Federal de Redenção o valor de R$ 3.6 milhões para execução de uma obra de macrodrenagem que até hoje não fizeram. Também deixei mais R$ 3 milhões em caixa. Deixei ainda outra verba de R$ 2 milhões na Caixa Econômica Federal que foi proveniente de um contrato com a Caixa para que os pagamentos dos servidores fossem feito na agência do referido banco. Ou seja, além de deixar todas as contas em dias, como também o pagamento dos funcionários, que depois foram bloqueados em janeiro pelo atual prefeito, ainda deixei mais de R$ 6 milhões líquidos em caixa.
A NOTÍCIA – Por que você deixou Redenção após a eleição?
JPC – Não deixei Redenção, apenas fui buscar um repouso, e como o atual prefeito foi eleito democraticamente, entendi que se eu ficasse aqui acabaria opinando sobre alguma coisa. Então, o deixei à vontade.
A NOTÍCIA – E qual a avaliação que você faz do momento de Redenção?
JPC – É lamentável ver o que está acontecendo em Redenção. Pessoas batem à nossa porta para pedir ajuda contra a perseguição. São deficientes os serviços da Saúde. Impostos absurdos cobrados de pessoas fracas de condição. Isso é abuso de poder. O que dá impressão é que o senhor Wagner Fontes está se vingando da cidade do povo, talvez por tê-lo deixado tanto tempo fora do poder, por que ele tentou por diversas vezes voltar ao poder, mas perdeu várias eleições. Ele não constrói, destrói o que foi construído.
A NOTÍCIA – Como assim?
JPC – É absurdo, um abuso de poder, uma ignorância. O poder público é para construir, deixamos obras de qualidade, mas por questões políticas, questões pessoais ele destruiu. O Centro de Inclusão Digital, ao lado da Escola São Jorge, com 200 computadores ligados na Internet de graça para população, para juventude, era o maior centro de inclusão digital do Brasil, e ele acabou com tudo. E não foi só isso, se formos enumerar quantas obras foram destruídas, inclusive obras construídas em governos anteriores por eles mesmos no passado. E no nosso governo, mantivemos porque era um patrimônio do povo feito com o dinheiro público.
A NOTÍCIA – E o seu retorno para Redenção o que significa? Você vai ser candidato a
prefeito?
JPC – Significa que as férias acabaram, acho que me afastei o tempo suficiente para deixar a atual administração à vontade para que pudesse achar o seu norte, seu caminho. Venho para estar ao lado das pessoas mais humildes que precisam de apoio, estamos aqui para buscar a justiça. Não sou contra o prefeito, mas sou a favor de uma cidade melhor, sou a favor de uma administração justa e honesta, sou contra a opressão e a perseguição. Não venho como candidato, mas venho como cidadão e vou lutar pelos meus direitos que é de lutar, denunciar e dar minha opinião. O meu retorno não foi em vão, mas não vim para ser candidato.
A NOTÍCIA – Como você avalia a eleição de Simão Jatene para Governador do Pará?
JPC – Eu acho que foi o melhor. O Jatene se mostrou eficiente quando foi Governador, uma pessoa preparada para governar o Pará. Não caminhei lado a lado com ele na campanha, mas fiquei satisfeito e acredito que ele vai fazer um bom trabalho pelo Estado.
A NOTÍCIA – Jorge, obrigado pela entrevista. Deixe uma mensagem ao povo de Redenção.
JPC – Que nunca perca a esperança, que possa lutar, pois o poder é concedido por Deus e estamos aqui como uma alternativa para juntos lutarmos pelo melhor da cidade. Uma frase que eu não posso deixar de falar e peço que você coloque em negrito: “Acorda Redenção, levanta meu povo! A luta tem que continuar”.

Um comentário:

Borba disse...

Mais esse rapaz JPC e ficha suja, não pode mais nem pensar em politica passou.